Thursday 29 November 2007

Brasil- Afroreggae

"A cultura é o principal instrumento para a mudança."
Anderson Sá

http://www.youtube.com/watch?v=snusWz0pIUU&feature=related

Text message..

hu u goin wid??
waaaaaaat?? uve onli been there last nyt???
what did u normally do on a satday then??
plans? ermm, dont tink so.. itsa monday. aint gunna go out n drink for abit.
But c u tmw anyway. No probs!
xx

Friday 23 November 2007

Dilemas Linguísticos

Peixe ou Pescado??

A minha experiência linguística remota meados dos anos 80 com uma cliente espanhola da minha mãe.
Sempre que a via perguntava-me se gostava de pescado, ao qual eu sempre respondia:
“Não é pescado, é peixe!!!”.
Depois de 20 anos voltei a ter a mesma discussão.
Porque é que os espanhóis chamam ao peixe que está no mar peixe mas ao que está pescado, pescado???
Ok, faz sentido.. Mas o pescado não deixa de ser peixe.. Ou não?
Segundo os nuestros hermanos não; “ Pesce es el que está en el agua y pescado el que se come.”
Não adianta..

- Vale! Sí, me gusta el peixe..

A minha odisseia continua.. no Brasil.

- “E aí? Vem mais eu pro rolê?”
- “Desculpa??? Será que falamos o mesmo idioma???
Não sei se estou preparada para me fazer entendida...”
- “Chega pra lá sapata!!”
- “O quê??? Sapata?? Mas será que esta gente está toda maluca??
Com quem pensas que estás a falar?? Eu sou uma Lady!!”
- “Vocês lá na Europa tão mesmo muito evoluídos! Tou pulando fora.”

Desisto..

Mas melhora.

Algures por Porto Santo, Madeira:





A Pronúncia do Norte:

“- Ó Guida, logo à noite bais às Antas ?
- Naue, bou ó cinema.
- Bais ber o quiê ?
- Olha, bou ber os “Colhões de Nabarone” .
- Ó Guida, naum é os “Colhões de Nabarone“; é os “Canhões de Nabarone “.
- Óh ??? Fuoda-se !!! Atoun, bou às Antas !!!”


Espanhol parte II

A minha querida Carol a explicar que alguém tinha colocado um bicho na secretária da Sangwon para a assustar:

“Sangwon, there’s a “bitch” in your seat!!!”

Sim, isto é o que acontece quando se faz tradução directa..


Ahh, por favor não tentem explicar a um sueco o que fazemos na Queima das Fitas, sem saber dizer fita no idioma em que estiverem a falar..

Wednesday 21 November 2007

Ceilidh Dance

TIE- This is England, part I


Clubs always have Special Offers for people wearing the costume of the week.. So, it is pretty much normal to enter a bar and being surrounded by all kinds of people dressed as golf players though not having a clue about golf. Or cavemen.. and possibly everything you can or not imagine..

This is also the country where you’ll surely see almost naked girls in every city street (I’m afraid of becoming one myself before leaving). Just because warm coats don’t match with all your glowing night clothes that HAVE TO BE SEEN. Otherwise why taking hours in front of the mirror getting pretty if you can only show it inside the clubs???
Ok.. This goes with my stupid explanation why brits are so white.. Just because they’re getting frozen.. And that’s exactly how you look when you climb the Himalayas and before your fingers start to fall…

Sheffield


Latitude: 53º 38’ N; Longitude: 1º 48’ W.

UK’s greenest city, curiously more known to the outside world as the city of steel: Sheffield.
Nowadays the remaining of the industry can be found around the city ring and some have been reused as fabulous lofts.
In a quick walk at Glossop Road at the end of every week day, especially Wednesday, one shouldn’t be surprise to be enrolled in an incredible parade of giraffes, astronauts, M&Ms..
All for the good sake of a world Guinness in pub crawl.
Besides being deeply committed to costumes, brits are very welcoming and concerned about one’s comfort and rejoy.
Club gigs, student busy life, quiet green areas, lovely houses, fab view from Crookes over the city at night time, and the short distance to Peak Disctrict National Park are the most attractive features about Sheffield.
And it does not even rain that much..
Episode 4 from AJE

Wien



Wien, city of Modern Art





Number of people in the planet

Tuesday 20 November 2007

De Madrid al cielo..

Alea Jacta Est

E foi daqui que tudo começou. Sair de casa, apanhar um vôo rumo a outra cidade, outra cultura.
Começar de novo. Do zero. Novas caras, novos sorrisos, novas estradas a percorrer. Um novo espaço ao qual se chama casa. Novas pessoas que se tornarão família.
A divisão do resto do continente nesta tão coroada península fez-nos partilhar os meus povos, a mesma origem de língua, a mesma sede de conquista, as mesmas guerras, o mesmo rei. Somos como sempre fomos, irmãos.
Irmãos do mesmo sangue derramado. Sempre caminhando lado a lado mas com personalidades muito distintas.
O espanhol tem o flamenco, o português tem o tão triste fado. O flamenco é a explosão de sentimentos, a raiva, o amor, o ciúme. O fado é a tristeza, a saudade, é o chorar por um passado que jamais voltará a ser.

Sigo por um caminho que não sei onde vai dar. Neste momento leva-me ás minhas raízes. As quais foram anunciadas numa infância e em vidas anteriores.
Ah, o flamenco.Faz tão parte de mim. E de uma forma que não se vê, tal como uma chama, que queima e consome a alma. A paixão. A paixão lusitana. O amar o dia, tal como ele é, único. Porque só se vive um dia de cada vez. Mas também só se vive uma vez. Esta é a filosofia latina; “A vida é uma peça de teatro, que não permite ensaios. Por isso, canta, chora, ri, dança e vive intensamente, antes que a cortina feche e a peça termine sem aplausos”

O dia aqui começa de uma forma diferente. O “Hola” a todos por quem se passa. O hercúleo contraste com o “Olá” português tão frio e distante.
Espanha deu-me o alento que precisava. Para levantar a cabeça e sair todos os dias á rua com a vontade de conquistar o mundo.
De viver Madrid. E ensinou-me que depois de Madrid, só mesmo “el cielo”.

caminhar

Sei bem o que é mudar, adaptar, familiarizar-te com o lugar, partir, não saber onde ir, querer voltar e de repente dar-nos conta que já nos sentimos em casa outra vez..
Ter medo do retorno, porque o mundo não pára quando estamos fora. Não saber o que se vai encontrar, como tudo vai estar. E, de repente deixar-nos envolver por um novo mundo, dentro daquele mundo que já não é o nosso mas que no fundo continuamos a pertencer. E ver que o sentimento já não é o mesmo, é mais profundo. Que a pessoa que fomos cresce e é feliz e que encontra o caminho dentro de caminhos que eram conhecidos mas aos quais novas pedras vão sendo acrescentadas, novas linhas, novas direcções. E fechamos mais um ciclo.